Quando se trata de descobrir a verdadeira natureza do amor homossexual se produz muitas vezes uma resistência indignada: "Porque não me é permitido ser feliz assim como sou?", esta é a dramática pergunta facilmente previsível. Mesmo assim, a questão não é se está permitido ou não. Muitas pessoas com tendências homossexuais não estão dispostas a ser desligadas de seus sentimentos ilusórios, de igual modo que os alcoólatras e drogados de seus estimulantes. A partir da literatura e a experiência clínica, podemos estabelecer umas pautas no complexo homossexual, tanto em homens como em mulheres:
•Busca repetitiva de um amante
Apesar de que as mulheres com tendências homossexuais têm geralmente relações mais duradouras que os varões com tendências homossexuais, em nenhum caso suas relações duram mais de uns poucos anos. A dependência neurótica ao desejo nunca satisfeito - queixa neurótica - lhes domina e lhes força a ter sempre novas ilusões.
•O desejo homossexual é transitório e superficial
Estes desejos homossexuais, e os que estão associados a eles ("calor", compaixão,...), deveriam ser experimentados como o mais gozoso na vida de uma pessoa. Desde logo isto é uma autodecepção. Os sentimentos homossexuais, louvados às vezes como "amor puro" ("mais profundo inclusive que o amor matrimonial"), tem de fato pouco que fazer ante o amor real e verdadeiro. O "amor" homossexual é egocêntrico. É uma súplica de atenção. Isto se observa na forma em que usualmente se rompem as relações. O companheiro serve para aliviar a necessidade infantil do próprio ego, assim que não é realmente amado pelo que é. O resultado é que, por um lado, o homossexual se "agarra" ao seu companheiro; por outro, existe uma falta real de interesse ou indiferença. Resulta muito gráfica a forma que tem de falar sobre suas relações passadas: sem emoção, igual que uma criança quando abandona um brinquedo no qual já não está mais interessado.
•As pessoas com tendências homossexuais e outros neuróticos padecem autocompaixão compulsiva
Não todos expressam sua autocompaixão e tendência à queixa de um modo dramático. Se os conhecemos um pouco mais, mesmo assim, é fácil adivinhar neles a autocompaixão. Tendem a pensar em termos de problemas e preocupações; alguns são evidentemente demasiados emocionais; outros são mais do tipo queixoso e choroso; outros são hipercríticos consigo mesmo ou com outros; às vezes sentem mal-estar físico (que dramatizam), depressões, crises nervosas, solidão, apatia, dificuldade para relacionar-se com os demais, etc. A verdadeira alegria e júbilo autêntico são justamente o contrário a esta enfermidade. É verdade que alguns homossexuais interpretam o papel de bufão ou engraçado, mas analisando-o de perto, parece claro que detrás disso se esconde o menino autocompassivo e depressivo. Poderia ser uma maneira pueril de que esse ego infantil queira chamar a atenção. Aqui subjaz sempre um desassossego.
•As pessoas com tendências homossexuais anseiam chamar a atenção
Aferram-se aos demais para chamar sua atenção. Apresentam-se inconscientemente como vítimas e apelam a ajuda e proteção dos sentimentos compassivos dos demais. Alguns se impõem em seu ambiente e outros o tiranizam, igual que uma criança. Buscam, em primeiro lugar, a atenção de um companheiro desejado, mas esta busca pode converter-se no modo habitual de relacionar-se com os demais.
•O egocentrismo é outra característica neurótica universal
Isto implica que, em grande parte, sentir e pensar egocentricamente produz como resultado um reduzido interesse ou amor pelos demais. "Meu esposo se desmancha pelas pessoas de seu entorno", me disse uma vez a esposa de um homossexual, "mas é incapaz de dar amor. Não sabe o que é isso". Quanto mais predomina o complexo homossexual na vida emocional de uma pessoa, tanto mais é verdadeira esta descrição.
•O "menino autocompassivo" no adulto é imaturo emocionalmente em outras áreas, além da sexual
O infantilismo emocional das pessoas que tem um complexo homossexual faz que se comportem e pensem como meninos, e que reprimam - dependendo da força do complexo - a maturidade emocional normal.
•Permanecer parcialmente como um menino afeta também a relação com os pais
Os homens com este complexo mantêm muitas vezes algum tipo de "vínculo materno" ou uma atitude hostil de reprovação em relação ao seu pai porque existe um "vínculo negativo" para com ele. Algo parecido vale para as mulheres lesbianas. O vínculo estabelecido com os pais pode conter elementos ambivalentes: apegar-se dependentemente a mãe, e tender ao mesmo tempo a manter disputas com ela, que descarregam a irritação.
•O "entranhável menino de antes" mantém sentimentos e atitudes infantis para com o sexo oposto
É possível que o homem homossexual continue odiando as mulheres, do mesmo modo que o adolescente de seu passado as via como intrusas em sua vida, rivais que lhe roubavam seus amigos ou, simplesmente, como "essas meninas estúpidas" que entram de monte no mundo dos meninos. É possível que se siga sentindo inferior e tenha medo diante delas envergonhando-se de sua masculinidade insuficiente. É possível também que siga vendo a certas mulheres como figuras protetoras, maternais, afetuosas; e não como mulheres com as que se relacionarem como um adulto. Em termos similares, a "menininha que persiste na mulher lesbiana" segue vendo aos homens através do cristal da aversão, da inveja, do medo ou da moléstia.
•As pessoas com tendências homossexuais têm dificuldades em aceitar plenamente sua identidade sexual, a chamada "identidade de gênero"
O homem experimenta o masculino como se não lhe pertencesse; a mulher lesbiana sente-se intranqüila diante das coisas femininas. Mesmo assim, é incorreto pensar que estes homens sentem-se como mulheres; ou que as lesbianas sentem-se homens.
•Finalmente, não é supérfluo ressaltar que o complexo homossexual é só uma parte da personalidade de um sujeito
A pessoa inteira é muito mais que sua personalidade infantil, ainda que alguns com tendências homossexuais sejam muito imaturos. Se nos fixamos um pouco mais, descobriremos que cada homem ou mulher afetado de homossexualidade tem muitas tendências ou qualidades adultas. Uma vez que nosso estudo está centrado na parte infantil da personalidade, podemos dar a impressão equivocada de que estamos falando de pessoas totalmente enfermas. De fato, o psicoterapeuta trata em maior medida a parte adulta da personalidade homossexual, e fazendo finca-pé nesta parte adulta é como podemos esperar observações realistas, boa vontade e outros elementos curativos. A parte adulta da personalidade é também a mais interessante dos dois: está viva, enquanto que o rasgo infantil do ego é mais parecido a um mecanismo rígido e estereotipado. Na vida de cada dia, o que mais abunda é uma mistura dos aspectos maduros e infantis da personalidade. A bissexualidade deriva desta estrutura de dupla personalidade: a inclinação sexual da parte adulta, em seu máximo desenvolvimento, está enfocada diretamente para o objeto maduro da personalidade, quer dizer, o sexo oposto. O "menino autocompassivo", por sua parte, empurra a sexualidade para seus objetos imaturos. Posto que uma parte da personalidade bissexual anula a outra, é evidente que a heterossexualidade destas pessoas não está ainda desenvolvida.
http://www.cnd.org.br/art/schuster/complexo.asp
5 comentários:
Excelente artigo.
Interessante!
Lendo o artigo lembrei que parte de nossa sociedade reforça um modelo masculino machista exagerado, como o personagem James Bond, o 007 - um tipo canastrão, mulherengo, e frio.
Para um jovem em crescimento parece difícil alcançar este "ideal" da sociedade... - que também muitas vezes diz que ser sensível não é ser macho... - estas ideias ficam nas cabeças, e pode sugir a seguinte ideia: "se eu não tenho o perfil do homem "ideal", se eu me sinto fraco por ser sensivel, não seria eu gay? - e hoje a sociedade cada vez mais aceita o homossexualismo... - por que não?" - claro que este processo todo é principalmente inconsciente.
Que valores os pais tem passado aos seus filhos? Que tipo de modelo masculino eles transmitem? Homem também pode ser sensível, chorar, demonstrar sentimentos, ser fiel a uma mulher só, e não ser "menos masculino" por isso?
É verdade tudo o que está escrito aí! Eu me sinto muitas vezes "um menininho" e na hora acho bom, mas sempre senti que se sentir assim não é certo. Quero tanto achar a raiz do meu problema para assim parar de sofrer de uma vez por todas.
Excelente publicação. Por mais que os movimentos homossexuais atuem para uma cultura de aceitação da homossexualidade, acredito que devemos dar liberdade de escolha para o ser humano. Porque tem gente sim que não quer ser gay, porque ele é obrigado a aceitar se não quiser?
Não se sintam intimidados nunca com a crescente dos movimentos homossexuais, devemos sempre ter a contra partida, muitas pessoas que estão na homossexualidade e querem sair com certeza leem esse texto, só que muitos não comentam e muitos que saíram também não dão seu testemunho, mas ainda assim os que o fazem servem de inspiração.
Parabéns pela iniciativa!
Não posso afirmar que estou liberto do homossexualismo, uma vez que os desejos SEMPRE vem e as vezes me pego na autoestimulação sexual para 'matar' meu desejo e não cometer o ato propriamente dito. No entanto, é necessário um passo a cada dia para quem quer se ver realmente livre da homoafetividade doentia por que passamos. Primeiro eliminei meus acessos a páginas pornôs gays na internet, depois destrui todos os meus arquivos de imagens com cenas homoeróticas gravadas no pen-drive, posteriormente deletei os filmes com a temática homo gravados em meu notbook. Tenho uma colega heterossexual que me aceita como eu sou (?), mas deixei de conversar aspectos de minha vida homoafetiva para não suscitar recordações perturbadores e desestruturantes nessa minha tentativa de reconciliação comigo mesmo e assim sucessivamente. Cada dia é um novo desafio. Ainda não sinto desejo algum por mulheres, mas já não sinto aquela raiva velada entre sorrisos e amabilidades. Percebi que gosto de ser homem, de possuir as características masculinas (não os estereótipos) que me fazem melhor a cada dia. cada dia descubro como é bom ser homem (não que a condição de homo impeça qualquer um de o ser), o homem provido de domínio de si próprio, adentrando no mundo dos adultos (que apesar de mais doloroso e complexo é melhor que fingir não ter crescido e viver sob a 'Síndrome de Peter Pan' habitando eternamente na 'Terra do Nunca'). Enfim pessoal, é tão bom crescer e ser homem.
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